A partir do dia 14/10, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), vai promover um concurso público nacional de projeto de Arquitetura e Urbanismo para reformar seu edifício-sede no Triângulo Histórico da capital paulista.
A iniciativa tem como proposta garantir um processo licitatório transparente e democrático para reunir projetos de diversas regiões.
O imóvel, que já abriga a nova sede do Conselho, apresenta importância histórica e simbólica como bem cultural e constitui oportunidade para a consolidação de um novo endereço de referência para a Arquitetura e Urbanismo em São Paulo.
Além de tornar o edifício plenamente adequado à realização de todas as atividades internas da autarquia, o concurso busca oferecer um lugar com significado, cujo caráter expresse os valores e as aspirações do Conselho.
“Valorizamos o concurso como modalidade importante para a contratação de projetos de Arquitetura e Urbanismo, e servir, em caráter exemplar, a outras instituições públicas, notoriamente em seu processo de formulação de modo a garantir participação ampla e aberta dos profissionais”, destaca Catherine Otondo, presidente do CAU/SP.
Saiba mais sobre o edifício-sede
O prédio foi projetado e construído pelo escritório F. P. Ramos de Azevedo & Cia, Engenheiros Arquitetos em 1920, conforme foto no acervo do CONDEPHAAT ( Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).
O Edifício XV de Novembro, implantado de forma geminada conforme loteamento tradicional das cidades brasileiras, foi por muitas décadas a sede do Banco Português do Brasil em São Paulo. Pode-se afirmar que é representativo do início da verticalização da cidade.
Na fachada sobressai o pé-direito alto decorado com pilastras emparelhadas da ordem coríntia, a ornamentação externa feita de palinetas, frisos e contornos em alto relevo, as janelas formando arcarias nos pavimentos superiores, todas com muitos ressaltos.
São respeitadas as proporções clássicas, mas a diferença de escala, a incongruência entre estrutura e aspecto externo e a diversidade dos materiais aplicados, tornam imprecisa a obediência formal ao cânone clássico.
Publicado em 11/10/2022; Atualizado em 12/10/2022
Da Redação