Em decorrência da pandemia da Covid-19 e da quarentena determinada pelo Governo Estadual, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo acentua e fortalece as orientações ao profissionais, compartilha algumas ações adotadas pelos escritórios paulistas e divulga um Guia para o Trabalho Remoto dos Escritórios de Arquitetura e Urbanismo, produzido pela Asbea.
A Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura e Urbanismo (AsBEA) desenvolveu um conjunto de práticas em apoio aos escritórios de arquitetura e urbanismo e sobre o trabalho remoto, que tem o objetivo de indicar caminhos e boas práticas, tanto para os líderes quanto para os colaboradores.
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Por todo o Estado muitos escritórios adotaram o teletrabalho como alternativa para não interromper suas atividades como o Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados, que instituiu o home office antes do decreto estadual de quarentena. “No dia 02 de março, definimos o primeiro protocolo, tornando obrigatório o home office, que foi sendo adotado gradativamente até 18 de março, quando nossos 78 colaboradores começaram a trabalhar de suas casas”, informou Gianfranco Vannucchi, sócio-fundador da empresa e conselheiro suplente do CAU/SP. O escritório adaptou equipamentos e elaborou métodos de comunicação para que este período de reclusão não prejudicasse o andamento das atividades.
Já no escritório do arquiteto e urbanista Fernando Freire (Freire e Fabri), localizado no interior do Estado, o trabalho remoto já era empregado na rotina e foi intensificado com o processo de isolamento. “Como desenvolvemos projetos, principalmente urbanísticos, bem como serviços na área de consultoria, se tornaram viáveis através de softwares, aplicativos de computadores e celulares, baseado no uso da Internet”, disse Fernando.
É certo que as relações entre prestadores de serviços e clientes sofreram e sofrerão, no próximo período, mudanças, reforçando o trabalho remoto e reuniões virtuais. No caso de arquitetos e urbanistas, “o uso de tecnologias, softwares, aplicativos, dentre outros, poderão ter seus usos intensificados no sentido de suprir o trabalho presencial nos escritórios”, diz Fernando Freire.
O presidente da AsBEA, Henrique Melega, enxerga este período como uma oportunidade de rever conceitos do espaço físico dos escritórios e das relações dos profissionais com seus clientes. “Certamente vamos repensar a demanda de áreas ocupadas pelas empresas de acordo com o sucesso da operação remota de atividades, o que trará uma vantagem econômica para as empresas. Vejo a Arquitetura como uma atividade espontaneamente empreendedora, por isso, este formato colaborativo considero muito positivo, pois empresas menores poderão cooperar para serem competitivas diante de outras empresas maiores e mais tradicionais”.
“Todos os dias questionamos quais serão os próximos passos [para o trabalho de arquitetos e urbanistas] e isso é ainda mais urgente diante da pandemia que atinge o mundo. Repensar a Arquitetura e Urbanismo, a relação das pessoas com os espaços, o bem-estar, o conforto, a salubridade e a segurança sanitária serão questões cada vez mais urgentes daqui em diante” diz Gianfranco Vannucchi.
Publicado em 17/04/2020
Da Redação