Seminário “Projeto Amazônia 2040” apresenta boas práticas aplicadas no território – CAU/SP

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Seminário “Projeto Amazônia 2040” apresenta boas práticas aplicadas no território

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09.02.2023

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Redação CAU/SP

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Seminário “Projeto Amazônia 2040” apresenta boas práticas aplicadas no território

Segunda mesa do seminário Amazônia 2040 apresentou experiências práticas a partir da Arquitetura e Urbanismo no território amazônico. Crédito: CAU/BR

A segunda mesa do seminário Projeto Amazônia 2040 – Arquitetura e Urbanismo para um futuro sustentável, que ocorreu no dia 8 de fevereiro em Manaus/AM, apresentou experiências práticas que oferecem respostas aos desafios urbanos impostos pelo território.

O público assistiu às explanações dos arquitetos Thomaz Ramalho, da agência de cooperação Brasil-Alemanha GIZ; Claudemir José Andrade e Pedro Paulo Cordeiro, do Instituto Municipal de Planejamento Urbano – IMPLURB; e Myrian Cardoso, da Rede Amazônia.

A mesa foi mediada pelo coordenador da Comissão de Políticas Urbanas e Ambientais (CPUA), Ricardo Mascarello.

Agência de cooperação GIZ

Thomaz Ramalho apresentou os estudos e resultados do projeto de Apoio à Agenda Nacional de Desenvolvimento Urbano Sustentável no Brasil (ANDUS).

A iniciativa é resultado da cooperação técnica entre o governo brasileiro, através dos Ministérios de Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente, e o governo alemão. As estratégias de planejamento e de gestão urbana formuladas pela GIZ  beneficiam governos, instituições e entidades nas esferas federal, estadual e municipal.

O projeto ofereceu apoio à estruturação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano e fomentou a criação da Rede para Desenvolvimento Urbano Sustentável (ReDUS).

Ao integrar pessoas e organizações, a rede fortalece a colaboração e a construção de agendas e soluções conjuntas para desafios urbanos das cidades brasileiras.

Thomaz compartilhou com o público algumas lições aprendidas a partir das experiências em território amazônico.

“Não adianta propor soluções que não sejam adaptadas ao contexto. Trabalhar com a Amazônia é enfrentar os conflitos da terra. Nós temos cidades e vilas em terras indígenas e desafios próprios para regularização fundiária, por exemplo”, apontou.

Mais do que políticas de punição por desmatamento e práticas irregulares, o arquiteto e urbanista defendeu medidas que beneficiem manejos sustentáveis, como a manutenção da floresta em pé e práticas sustentáveis práticas agrícolas e de destinação de resíduos.

IMPLURB

Atualmente, 24 municípios de diversos portes e capacidades regionais contam com o suporte técnico do ANDUS para estruturar instrumentos locais de desenvolvimento sustentável.

A mesa do seminário Amazônia 2040 apresentou o caso de Amajari/RR e de Manaus. Como resultado da consultoria oferecida pelo GIZ, a capital do Amazonas criou o Projeto Nosso Centro, destinado a promover reabilitação e revitalização no centro da capital.

O programa foi apresentado pelos arquitetos e urbanistas Claudemir José Andrade, e Pedro Paulo Cordeiro, ligados ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano (IMPLURB).

Manaus concentra 55% da população urbana do Amazonas e centraliza a economia no estado que tem as maiores extensão territorial e cobertura florestal do país.

Procurando considerar estas e outras características, o projeto Nosso Centro foi concebido sob três eixos conceituais: mais vida, pensando na reativação de vazios urbanos; mais negócios, que prevê medidas como criação de empreendimentos de uso misto; e mais história, com resgate dos conceitos da ancestralidade indígena e preservação do patrimônio.

Rede Amazônia

A professora da Universidade Federal do Pará Myrian Cardoso apresentou os resultados do trabalho da da Rede Amazônia.

A coalizão multiprofissional reúne dez instituições de ensino, 52 municípios, governos, diversos órgão públicos e ONGS desenvolve ações para regularização fundiária, prevenção de conflitos socioambientais, melhorias habitacionais e sanitárias no território da Amazônia Legal.

A professora apontou os desafios para a integração das necessidades de uso do espaço urbano e do desequilíbrio entre os interesses financeiros e sociais.

“Entre 70 e 80% do território ocupado da Amazônia é rotulado como irregular, mas são espaços tributáveis e contribuem para a produção da cidade formal”, afirmou, defendendo a regularização fundiária como ferramenta de desenvolvimento socioambiental urbano que atenda aos interesses da maioria da população.

Myrian também convocou os arquitetos e urbanistas a atenderem às demandas locais. “A autoconstrução precisa ser vista como uma solução, e não problema. É preciso aprender com quem produz para que a gente possa auxiliar essa população e contribuir para a transformação sócio ambiental do espaço”, disse a professora.

Ao final da mesa, o Seminário Amazônia 2040 recebeu a visita do prefeito de Manaus, David Almeida, e do governador em exercício do estado do Amazonas, Tadeu de Souza.

O seminário Amazônia 2040 é uma iniciativa do CAU Brasil, através da Comissão de Política Urbana e Ambiental, que vai estruturar um plano brasileiro a partir do conhecimento técnico dos arquitetos e urbanistas para o território amazônico.

O programa será apresentado no Congresso UIA 2023, que acontece entre 2 e 6 de julho, em Copenhagen/DK.

Participantes da reunião das CPUAs (comissões de políticas urbana e ambiental dos CAU/UF) em Manaus.

Fonte: CAU/BR

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09.02.2023

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Redação CAU/SP

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