Exemplos de boas práticas em Arquitetura e Urbanismo com atenção especial à Acessibilidade e ao conceito de Desenho Universal foram mostrados aos profissionais que compareceram ao Seminário Internacional “Acessibilidade e Diversidade Humana em um só mundo. Arquitetura 21”, realizado no dia 27/11 na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, como parte da programação da “Semana de Arquitetura e Urbanismo do CAU/SP”.
Os bons exemplos eram na cidade de Barcelona e faziam parte da palestra do arquiteto e urbanista Enrique Rovira-Beleta Cuyás, professor da UIC Barcelona (Universitat Internacional de Catalunya), única faculdade da Espanha em que a disciplina de Acessibilidade é obrigatória. De acordo com o arquiteto, as melhorias na cidade espanhola começaram somente em 1992, com os preparativos para sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Ou seja, há quase 30 anos.
Para o secretário Cid Torquato, da Secretaria da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, que participou da abertura da atividade, a Acessibilidade é pouco valorizada no Brasil. “Ainda precisamos vencer algumas barreiras políticas para que as coisas aconteçam”, declarou Torquato, que elogiou a parceria do CAU/SP com a Secretaria, como forma de promover essa mudança.
Coordenadora da Comissão Temporária de Acessibilidade do CAU/SP, Silvana Cambiaghi ressaltou, no entanto, os avanços alcançados no país principalmente depois da aprovação da Lei Brasileira de Inclusão. “Um marco que fez a Acessibilidade deixar de ser algo pontual para se tornar algo mais holístico”, declarou a arquiteta.
Um dos destaques da apresentação do convidado espanhol foi de que a Acessibilidade não deve estar associada ao alto custo, mas a algo imperceptível e de alta qualidade. “Uma boa Acessibilidade é aquela que existe, mas que passa despercebida pela maioria dos usuários”, afirmou Cuyás.
“A Acessibilidade acontece quando o espaço demonstra compreender seu visitante. Se um espaço não é capaz de acolher a diversidade, esse espaço é deficiente”, reiterou a arquiteta e urbanista Regina Cohen, membro do CAU/RJ, que apresentou a palestra “Experiência Internacional em Acessibilidade no Patrimônio Arquitetônico”.
Publicado em 10/12/2019
Da Redação