A noite fria de quinta-feira, 26/05, não impediu que dezenas de cidadãos marcassem presença no primeiro evento público da nova sede própria do Conselho no “triângulo histórico” da capital.
A fachada e o calçadão da sede na rua XV de novembro receberam intervenções artísticas dos artistas convidados Camille Laurent, Coletivo Coletores e Verena Smit, que lançaram mão de lâmpadas, projeções de imagens e bandeiras para transformar o espaço.
Estas intervenções marcam a intenção do Conselho de mudar o sentido de sua presença na cidade. Após anos alojado no 23º andar do edifício CBI Esplanada, no Vale do Anhangabaú, o Conselho “desce para o nível da calçada”, buscando se tornar a “Casa do Arquiteto e Urbanista” na capital.
“Nós decidimos fazer esta abertura um pouco diferente para mostrar a potência que esse prédio tem, e a potência que a Arquitetura e Urbanismo tem para transformar a cidade”, afirmou a presidente do CAU/SP, Catherine Otondo na abertura do evento.
A presidente do CAU/BR, Nadia Somekh, elogiou a aquisição e abertura da sede como uma forma de valorização da cidade e da Arquitetura e Urbanismo.
O primeiro presidente do CAU/SP, Afonso Celso Bueno Monteiro (gestão 2012/2014), lembrou o início difícil, quando a autarquia lutava para sair do papel num espaço cedido pelo sindicato dos arquitetos (SASP) no bairro da Luz; o ex-presidente Gilberto Belleza (gestão 2015-2017) pontuou que a sede própria também foi resultados dos esforços de colegas que defenderam a criação do CAU “e que não estão mais aqui”; o ex-presidente José Roberto Geraldine Junior, em cuja gestão (2018-2020) houve a aquisição do imóvel, recordou o trabalho e o rigor da comissão responsável pela eleição da sede: “parece que foi simples, mas aqui neste prédio temos quase 2.000 páginas de processo administrativo”.
Concurso público para revitalização e requalificação
Hoje a sede própria já abriga o quadro funcional e as atividades burocráticas anteriormente localizados no CBI. Nos planos do Conselho está o lançamento de um concurso público para selecionar um projeto de revitalização e qualificação do edifício centenário.
São oito pavimentos projetados pelo escritório Ramos de Azevedo (1851-1928), e que, futuramente, podem ser um espaço para atividades expositivas, uma biblioteca entre outros usos.
A abertura de portas insere-se também no contexto do Programa CAU/SP 10+, que visa a referenciar o marco de 10 anos de existência do Conselho, por meio de iniciativas estruturantes que valorizem o histórico vivido pela organização e alicercem as bases para um futuro sustentável, inclusivo e participativo do CAU/SP.
Publicado em 27/05/2022
Da Redação