Assista ao debate, durante a reunião plenária de 29/08, sobre a criação da Câmara Temática Arquitetura Urbanismo e Diversidade: Quilombolas e Indígenas
O Plenário do CAU/SP aprovou por unanimidade, na reunião do dia 29/08, a criação da “Câmara Temática Arquitetura Urbanismo e Diversidade: Quilombolas e Indígenas”, uma proposta da Comissão de Políticas Afirmativas (CPAF-CAU/SP).
Esta Câmara Temática tem o objetivo de aprimorar a geração de conhecimento sobre quilombos e territórios indígenas, bem como sobre profissionais da Arquitetura e Urbanismo quilombolas e indígenas e sobre a arquitetura quilombola e indígena em cinco principais eixos:
- regularização fundiária;
- valorização e difusão da diversidade na Arquitetura e Urbanismo;
- Sustentabilidade;
- racismo ambiental e
- políticas afirmativas para os estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo quilombolas e indígenas.
Entre os objetivos específicos desta Câmara estão subsidiar a CPAF-CAU/SP e demais Comissões interessadas na construção de programas, projetos e ações, e aumentar a participação de profissionais arquitetos(as) e urbanistas indígenas e quilombolas “para enriquecer e fundamentar as ações do CAU/SP”.
As conselheiras Melyssa Maila de Lima Santos (Coordenadora da CPAF-CAU/SP), Nadir Moreira da Silva (CPAF-CAU/SP), e Tatiana Reis Pimenta (CATHIS-CAU/SP) foram escolhidas como membros internos da CT.
Além das 03 conselheiras, esta CT será integrada por quatro membros externos, sendo 2 (dois) representantes/especialistas da temática quilombola e 2 (dois) representantes/especialistas da temática indígena, a saber: a doutora em História Social da África, Andrea Mendes; a liderança da comunidade do Quilombo da Caçandoca (Maranduba – Ubatuba/SP), Jurandir Cesário do Prado; a representante da Coordenação de Povos Indígenas (Copind) da da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo (SMDHC), a arquiteta e urbanista Riciane Maria Reis Pombo; o indígena da Aldeia Cravari, no município de Brasnorte-MT, o arquiteto e urbanista João Paulo Kayoli.
A CT prevê, entre outros ações, realizar visitas a territórios indígenas e quilombolas com o objetivo de fundamentar as ações a serem propostas, bem como elaborar relatório final para apresentação ao Plenário do Conselho. O prazo de funcionamento previsto é de 12 meses.
No estado de São Paulo, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2022) registram 11.006 moradores quilombolas, sendo 4.076 dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados e 6.930 fora de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados (IBGE, 2024).
De acordo com o mesmo documento, a população quilombola do estado de São Paulo está distribuída em 52 municípios: Agudos, Avaré, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Barrinha, Caconde entre outros.