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O impacto das novas tecnologias, a abertura de campos de trabalho e o aperfeiçoamento do planejamento urbano foram alguns dos temas desenvolvidos durante o 3º e último dia do Workshop de Grupos de Trabalho do CAU/SP.
Realizado entre os dias 04 e 06/10 na capital paulista, o workshop concluiu com a apresentação dos GTs Acessibilidade, Arquitetura Paisagística, BIM – Informática aplicada à Arquitetura, Estatuto da Metrópole e Exercício Profissional.
O GT Acessibilidade dedicou sua apresentação ao conceito de Desenho Universal – a concepção de produtos, ambientes e programas acessíveis a quaisquer pessoas e sem necessidade de adaptação ou projeto específico. Parte da apresentação também tratou da realização de rodas de discussão, para que os participantes pensassem os temas do Desenho Universal e acessibilidade em três contextos: mobilidade urbana, edificação de uso privado e edificação de uso público
Novos campos de trabalho
Na apresentação do GT Exercício Profissional, a implantação da Tabela de Honorários do CAU/BR, e o campo de trabalho aberto com a NBR 16.280 (a norma técnica das reformas) foram alguns dos temas discutidos. Um dos destaques do Grupo foi a exposição sobre a lei Nº11.888, que assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e construção de moradias. “Imaginem quantas iniciativas interessantes, nós, arquitetos, poderíamos fazer no campo da habitação de baixa renda”, ponderou o membro titular do GT, o arquiteto Eduardo Sampaio Nardelli. Existem verbas federais específicas para financiar iniciativas na área. A carência de projetos apresentados por prefeituras, no entanto, é um obstáculo para aproveitar esses recursos e tornar a lei em realidade.
O impacto da tecnologia
Austrália, Chile, Escandinávia, França, Inglaterra e Singapura são alguns países em que o uso da tecnologia BIM já é obrigatório em algum nível nas suas contratações públicas. O Brasil não está na contramão dessa tendência. O Metrô de São Paulo, o Exército brasileiro e a Petrobras são exemplos de entes públicos que já usaram esse processo em suas licitações. A apresentação do GT BIM – Informática aplicada à Arquitetura repassou essas e outras informações aos arquitetos presentes na palestra de quinta à noite. “O nosso grupo tem como meta primordial a divulgação do método BIM”, afirmou a coordenadora do GT, a arquiteta e urbanista Miriam Castanho.
Estatuto da Metrópole
No GT Estatuto de Metrópole, mesa e audiência debateram as dificuldades do planejamento urbano e a necessidade de avançar rumo a uma gestão pública que contemple as regiões metropolitanas, articulando Estado, municípios e União. Essa articulação de poderes passa pela constituição, via lei federal, do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), para concentrar informações relevantes para o planejamento, gestão e execução das funções públicas das regiões metropolitanas e demais aglomerações urbanas. “O GT Estatuto da Metrópole defende a implantação do SNDU”, afirmou a coordenadora Aurea Lopes Machado Mazzetti.
Arquitetura Paisagística
O GT Arquitetura Paisagística pediu a ajuda dos profissionais na audiência para aperfeiçoar um questionário que deverá ser aplicado em maior escala num futuro próximo. Por meio da aplicação desse questionário, o GT pretende levantar algumas características fundamentais dos arquitetos atuantes no setor: qual o tempo de carreira, o setor de atuação (público, privado ou academia), abrangência da atuação, adesão a alguma entidade ou associação profissional entre outros.
Publicado em 11/10/2016
Da Redação