Discussões e sensibilizações quanto as formas de financiamento do esporte foram as pautas do Fórum do Setor Produtivo do Esporte, realizado no dia 09 de dezembro, na capital paulista. Organizado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São Paulo (SEME) e pela Federação Paulista de Esportes & Fitness (FPEFIT), o evento foi promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
Na reunião, gestores das principais entidades responsáveis pela promoção do esporte – tanto em níveis federais, quanto em estadual e municipal – discutiram a importância e a necessidade de novas formas para o financiamento de atividades esportivas. Na ocasião, o Banco dos BRICS (agrupamento formado por cinco grandes países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi uma das alternativas abordadas.
Dentro do contexto de Arquitetura e Urbanismo, o presidente do CAU/SP, José Roberto Geraldine Junior, tratou da possibilidade de desenvolver projetos integrados com o BRICS. Espaços que acabam não se desenvolvendo ou ficam abandonados “podem ser objeto de avaliação e readequação na utilização para atender melhor a sociedade”, pontua. “Pensar em ações do campo da mobilidade urbana integrado com projetos sociais e geração de energia. Tudo isso pode atender a realidade dos municípios do Brasil, mas também Índia, China, Rússia e África do Sul”, completa o Presidente do CAU/SP.
“As diferenças em todo o país (Brasil) faz com que tenhamos diversas culturas diferentes, o que traz mais riqueza no nosso trabalho” disse o Coordenador do Fórum de Presidentes, Danilo Silva Batista. Ele também destacou o crescimento da participação de profissionais de Arquitetura e Urbanismo brasileiros no exterior e da possibilidade de trabalhar com um amplo mercado em diferentes áreas devido à formação, desde projetos para edificações singulares à construções voltadas para a cidade como um todo.
O Coordenador da Comissão de Relações Internacionais do CAU/BR, Fernando Marcio de Oliveira, presente na atividade, apontou a importância do Conselho estar presente em um debate como este. “O investimento [do esporte] implica na melhoria da saúde da população. Não estamos falando apenas do esporte de alta performance, falamos num contexto urbano e de edifícios. Melhores espaços para prática do esporte, leva a melhoria da saúde”, afirmou.
A respeito de infraestrutura, entende-se que a Arquitetura e Urbanismo pode trazer uma melhoria não só no âmbito esportivo, mas também municipal. O vice-presidente da UIA para as Américas e Ouvidor do CAU/BR, Roberto Simon, citou as cidades inteligentes, enfatizando a qualidade de vida dos cidadãos não só através da tecnologia, mas também da mobilidade urbana. “Cidade inteligente é aquela que é boa para o cidadão. A medida do sucesso de uma civilização não deve ser medida só pelo PIB, ou sua tecnologia, mas pelo índice de felicidade. Uma cidade de qualidade pode fornecer muita alegria”, disse.
Na período da tarde, foram apresentadas otimizações da utilização dos recursos para reduzir gastos no custeio de estruturas esportivas. Houve ainda um intercâmbio entre representantes do Governo chinês e brasileiro para mobilizar e dinamizar os equipamentos.
Catarine Figueiredo, de São Paulo
Publicado em 12/12/2019