Nesta quinta-feira, 17/10, no primeiro dia da série de debates “Encontros sobre Arquitetura e Patrimônio Paulista CAU/SP”, o patrimônio industrial e ferroviário do Estado foi o foco dos especialistas e arquitetos reunidos na sede do Museu da Cidade de São Paulo no centro da capital.
Estes encontros são uma preparação para o lançamento da série de livros “Arquitetura e Patrimônio Paulista”, uma parceria do Conselho com o CONDEPHAAT/UPPH e o IPHAN.
O presidente do TICCIH-Brasil (The Internacional Committe for the Conservation of the Industrial Heritage) e professor da Unesp, Eduardo Romero, fez um panorama histórico sobre industrialização no mundo e no Brasil. Para Romero a conservação “não se trata da obra simplesmente, mas do que ela representava na época”. “Os monumentos industriais não são apenas estruturas funcionais, mas ícones de inovação”, acrescentou.
O segundo dia do evento, realizado nesta sexta-feira, tem por tema central “Desenhos do Patrimônio Paulista e Ecletismo Paulista” com a participação de especialistas do IPHAN /SP, ICOMOS-SP, MP/USP e da CPC-CAU/SP. A Comissão de Patrimônio Histórico do CAU/SP (CPC-CAU/SP), que realiza os Encontros, prevê mais dois eventos ainda no mês de novembro.
A importância do apoio institucional
O lançamento dos livros da série “Arquitetura e Patrimônio Paulista” está previsto para 2020 e culmina a colaboração do CAU/SP com os órgãos de preservação do patrimônio do Estado. Também demonstra a preocupação contínua da autarquia com os temas da conservação dos marcos arquitetônicos e históricos de São Paulo.
“Juntos, nós aumentamos os apoios com instituições internacionais de patrimônio para aumentar o trabalho de divulgação das nossas contribuições como Conselho de Arquitetura”, afirmou a Coordenadora da CPC-CAU/SP, Maria Rita Silveira de Paula Amoroso, na abertura do evento.
Ela lembrou que a colaboração do CAU/SP com os órgãos de preservação se estrutura em quatro eixos de trabalhos: publicações, capacitação, sistema de patrimônio e políticas de gestão.
Em sua intervenção, o presidente do CAU/SP, José Roberto Geraldine Junior, ponderou que a preservação do patrimônio histórico é uma preocupação constante do Conselho.
Também indicou que o Solar da Marquesa de Santos, patrimônio construído na segunda metade do séc. XVII, e local de realização do evento, ilustra a relevância da discussão do tema.
Publicado em 18/10/2019
Da Redação