O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) promoveu no dia 18/10 um debate sobre escassez hídrica e energias renováveis. O tema foi o mote do 4º painel do Seminário Amazônia Legal, em Manaus (AM), e contou com a condução da conselheira federal Leila Marques.
O evento faz parte da iniciativa do CAU para a COP 30, composta por uma série de ações preparatórias voltadas para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em 2025, em Belém (PA).
O painel começou com uma apresentação do professor Henrique Pereira que, atualmente, atua como diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Henrique destacou que a mudança no clima global repercute em escalas regionais.
“Uma dessas manifestações é o aumento na frequência na intensidade de eventos hidroclimáticos extremos”, explicou. O diretor passou diversos mapas da Amazônia para ilustrar como as queimadas prejudicam não só as áreas diretamente atingidas pelo fogo, mas também as regiões próximas.
Henrique mencionou a importância do trabalho do arquiteto e urbanista nesse cenário com tantas consequências das mudanças climáticas. “Nós precisaremos de soluções da arquitetura para o enfrentamento e gerenciamento desses desastres”, frisou.
Em seguida, Rubem Souza, presidente do Fórum Permanente de Energia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), explicou a respeito da transição energética. Para Souza, hoje a transição energética busca a descarbonização de cadeias produtivas.
Como desafios, ele citou a digitalização do sistema e a descentralização da geração de energia, além das novas fontes de energia. Algumas delas são intermitentes, como a energia eólica, já que nem sempre tem vento, por exemplo.
O presidente da Ufam também falou sobre como a arquitetura e urbanismo podem atuar nessas questões. Ele citou, por exemplo, o uso excessivo de ar condicionado. “Hoje, temos vários materiais novos que podem se somar à criatividade do arquiteto e nos apontar soluções melhores”, disse.
Soluções possíveis
O engenheiro agrônomo Carlos Arantes iniciou sua apresentação falando sobre a importância da Amazônia. O engenheiro mostrou dados e explicou sobre o valor do que é produzido na Amazônia.
Ele reforçou que existem soluções técnicas, dentro da arquitetura, da engenharia e da agronomia, para pensar melhor a respeito do que é usado no meio ambiente. “Essas soluções buscam trazer uma melhor qualidade de vida”, disse.
Fonte: CAU/BR