No último dia 31 de julho, estiveram presentes no lançamento dos Cadernos de Políticas Afirmativas no CAU/BR as conselheiras do CAU/SP Melyssa Maila de Lima Santos (coordenadora da CPAF-CAU/SP), Tainã Antunes Valgas Dorea e Thais Borges Martins Rodrigues.
Os cadernos são o resultado de um conjunto de discussões e ações que refletem o compromisso do Sistema CAU com a promoção da equidade de gênero e de raça, com inclusão das pessoas com deficiência e da população LGBTQIAPN+. A proposta busca trabalhar com recortes sociais que gerem acesso e inclusão na arquitetura e urbanismo em diversos aspectos.
Este processo reflete a articulação contínua de conselheiras, funcionárias e convidadas que atuaram no âmbito da Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR (2019), e desdobraram suas pesquisas e ações para constituir a Comissão Temporária de Política de Equidade de Gênero do CAU/BR (2020), a Comissão Temporária de Raça, Equidade e Diversidade (2021-22) e a Comissão Temporária de Políticas Afirmativas (2022-23).
Histórico no CAU/SP
Em diálogo com esse cenário, o CAU/SP vem atuando no sentido de enfrentar a questão, ampliando a participação de negros e negras na gestão. Em 2023, foi aprovada a criação da Comissão de Políticas Afirmativas (CPAF-CAU/SP) que, para além das competências exclusivas trazidas pelo regimento, relativas à coordenação dos programas e ações estratégicas afetas à temática, passou a compor a alta administração do CAU/SP, ocupando assento no Conselho Diretor e no Fórum de Comissões.
A direção do CAU/SP conta ainda (considerando a transversalidade necessária para a implementação de ações afirmativas), com três mulheres negras à frente de 3 coordenações de comissões ordinárias: a COA (Comissão de Organização e Administração), a CATHIS (Comissão de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social) e a CPAF; além da vice presidente. As quatro atuam no nível estratégico do CAU/SP e em outras frentes de ação, ampliando a presença e representatividade negra nas diversas frentes de atuação do Conselho, e somam, ainda, 4 assentos no Conselho Diretor do CAU/SP.
Vale destacar que o CAU/SP conta atualmente com um conjunto de 18 profissionais negros eleitos conselheiros titulares e suplentes de conselheiros do Conselho para a gestão 2024/2026 — um número inédito na história do CAU/SP. Nesse sentido, é igualmente importante anotar que tal representatividade alcança hoje cerca de 28% dos profissionais de arquitetura e urbanismo que se declaram pretos e pardos no Estado de São Paulo.
Ações significativas
Ainda que seja uma pauta que ganhou espaço institucional recentemente, a CPAF- CAU/SP já promoveu ações significativas este ano. A Comissão está realizando um trabalho significativo em relação às questões raciais no campo da arquitetura, com a finalidade de conectar as discussões internas do Conselho com a população externa, por meio de eventos realizados na sede do CAU/SP, na CASACOR/SP, entre outros. Tais atividades contaram com a participação de representantes de entidades como o IAB e de profissionais com relevância na luta das questões raciais e oriundos de países africanos.
Ainda, a CPAF integra o plano estratégico da gestão 2024-2026 com o Programa de Políticas Afirmativas, cujos projetos transversais envolvem a realização de diagnóstico da diversidade da profissão e projeto de sensibilização e difusão da diversidade na arquitetura e urbanismo, participando ainda da construção e discussões de outras ações no Conselho. Além disso, a comissão esteve conectada com a Comissão de Políticas Afirmativas do CAU/BR por ocasião das discussões e lançamento dos cadernos de Políticas Afirmativas do CAU/BR, corroborando com os esforços e compromisso em discutir políticas públicas que visem à promoção e desenvolvimento dos arquitetos/as/es e das pautas raciais.