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A 2ª Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas reuniu mais de 100 pessoas no Teatro Pedro II, em Ribeirão Preto, no dia 20 de outubro. O evento, coordenado regionalmente pelos Conselheiros Carlos Alberto Palladini Filho e Marcelo Barrachi, está sendo realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) e tem como tema “O arquiteto, o projeto e a qualidade do ambiente construído”. Já foram realizadas etapas preparatórias em outras cidades como São José do Rio Preto, Mogi das Cruzes, Santos, São José dos Campos e Santo André. O encerramento do processo da Conferência se dará em São Paulo, nos dias 25 e 26 de novembro, com a realização da etapa estadual.
“Precisamos estar mais próximos dos nossos profissionais, intensificando o diálogo. Para isso, têm servido as regionais. E os arquitetos daqui têm um raro interesse em discutir a profissão”, destacou em sua apresentação a Conselheira e Diretora de Ensino e Formação do CAU/SP, Debora Frazatto. As questões relacionadas à Resolução Nº 51, que trata das atribuições privativas dos arquitetos e urbanistas, a importância do projeto executivo, tabela de honorários, reserva técnica, formação e educação continuada dos profissionais foram os temas abordados pelos presentes.
O Diretor de Relações Institucionais do CAU/SP, Carlos Alberto Pupo, apresentou palestra a respeito a importância do projeto executivo. A reserva técnica foi também um dos assuntos mais discutidos. Para o arquiteto Luiz César Barilari, muitos arquitetos se transformam em decoradores e acabam trabalhando quase exclusivamente com reservas técnicas. “Infelizmente, vimos muito isso e para mim é vergonhoso ter que ouvir que arquitetos ganham gorjeta”, lamentou o profissional que, junto com os arquitetos Dionésio Junior e Manoel Garcia, foi eleito representante da regional de Ribeirão Preto para a etapa final da 2ª Conferência Estadual, em São Paulo.
Rosana Ferrari, Coordenadora da Comissão Permanente de Ética e Disciplina do CAU/SP, ressaltou a campanha que vem sendo feita para conscientização e combate à prática da reserva técnica, que tanto prejudica e degrada a profissão. “O exemplo da condenação, além da denúncia e da fiscalização, é que dará fim à reserva técnica”, aposta a Conselheira, pedindo também aos arquitetos que ajudem nessa tarefa, por ser também uma obrigação do profissional defender os seus interesses.
Sobre a Resolução Nº 51, quem tratou do assunto foi o conselheiro Reginaldo Peronti. “O que foi deixado de lado pelo outro conselho (CREA), hoje temos a oportunidade de assumir o que é nosso”, disse ele ao destacar a importância dos arquitetos e urbanistas em lutar e defender o exercício das atividades privativas dos arquitetos e urbanistas, lembrando também do conflito que o assunto provoca com o Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. “Ainda é preciso chegar a um entendimento”, completou.
Entre as propostas da regional de Ribeirão Preto que serão levadas à etapa estadual da Conferência, estão a criação de seminários específicos sobre reserva técnica e cursos sobre o uso da tabela de honorário (classificada por muitos como bastante complexa e de difícil entendimento), entre outras. Também prestigiaram a atividade o Diretor de Relações Institucionais Adjunto e o Diretor de Ensino e Formação Adjunto, Pietro Mignozzetti e Paulo Canguçu Burgo, respectivamente.
Publicado em 22/10/2015
Marco Berringer, de Ribeirão Preto