“Os estudiosos debatem se ela era feminista, se ela era antifeminista; porém, eu acho que ela era livre, livre de rótulos, livre de qualquer coisa”.
O depoimento do arquiteto e urbanista Edson Elito, parceiro de Lina Bo Bardi (1914-1992) no projeto para o Teatro Oficina (1984), é um dos muitos momentos marcantes do minidocumentário produzido pela Comissão Temporária de Equidade e Diversidade (CTED-CAU/SP) em homenagem à profissional ítalo-brasileira.
Lina foi a terceira arquiteta brasileira a receber esta premiação após Oscar Niemeyer (1996) e Paulo Mendes da Rocha (2016).
O minidocumentário (7:30) ainda conta com os depoimentos de Antônio Soukef, Eugênia Gorini, José Celso Martinez, Márcia Benevento, Roberto Rochlitz e Sabina de Libman.
A segunda parte desta produção estreia nas próxima semana e terá os depoimentos de André Vainer, Marcelo Ferraz, Marcelo Suzuki e Renato Anelli.
Nascida em Roma e formada em Milão, a arquiteta veio ao Brasil em 1946 com seu marido, Pietro Bo Bardi, a convite do jornalista Assis Chateaubriand. E foi aqui que desenvolveu sua carreira com obras de relevância internacional, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Sesc Pompeia, a Casa de Vidro, o Solar Unhão e o Teatro Gregório de Mattos.
Mesmo sendo europeia, Lina se tornou uma das principais intérpretes do Brasil para os brasileiros e para o mundo. Não só na Arquitetura, mas também por meio do design de móveis e objetos, das aulas na Universidade Federal da Bahia, dos seus livros e da sua atuação política.
Publicado em 05/12/2021
Da Redação com informações do CAU/BR