“Pra que amanhã não seja só um ontem com um novo nome”, como citou a nova Presidente do CAU/SP, Catherine Otondo, em sua apresentação de candidatura, é preciso “reconstruir novos modos de agir, pelas pontes que unem lados opostos, que reconhecem os dois lados das margens, que juntam e constroem novos caminhos”.
A frase do rapper Emicida foi escolhida pela dirigente ao tratar das expectativas da nova gestão no Conselho Paulista. “Nosso projeto se baseia na missão primeira do CAU: promover a Arquitetura e Urbanismo. Queremos, nestes próximos 3 anos, ampliar o campo de atuação em todo o estado de São Paulo”.
Eleita no último dia 07/01, durante a 1ª Reunião Plenária de 2021 do Conselho, Catherine, a primeira mulher a ocupar o cargo no Estado, não vem sozinha. Indicada à presidência, após as eleições realizadas em outubro do ano passado, encabeçando a Chapa CAU+Plural, composta exclusivamente por mulheres, a dirigente soma-se a outras 54 mulheres (conselheiras titulares) na gestão que compreenderá o triênio 2021-2023. No total, o plenário do CAU/SP é agora composto por 70% de mulheres – espelhando a proporcionalidade encontrada na categoria (63%).
Na ocasião, a Presidente destacou a relevância objetiva e simbólica das Eleições 2020 do CAU em função do aumento de votantes no pleito; da representatividade feminina e da eleição inédita de mulheres pretas, pardas e indígenas no Conselho. “Um marco histórico que propiciará o desenvolvimento de debates amplos, contemplando as diversidades culturais e sociais”, afirmou.
Catherine ressaltou ainda a necessidade da revisão continuada de procedimentos, normas, regimentos e códigos do CAU, diante da atual conjuntura, “sem perder a integridade da profissão, a legalidade do Conselho, mas ampliando seu espectro de atuação profissional ancorado na realidade do cotidiano da Arquitetura e Urbanismo”.
“Para tanto, temos duas prioridades: a primeira, com foco nos mais de 600 municípios do Interior do Estado, fortalecer o sentido das regionais – a partir de um trabalho de amparo aos profissionais e às Instituições de Ensino, criando, assim, uma rede de trabalho capaz de divulgar promover Arquitetura e Urbanismo para todos. A segunda é valorizar a Arquitetura Pública, tanto no âmbito do amparo ao servidor público, que no nosso entender tem pouco espaço atualmente no CAU, mas também informar às Instituições Públicas sobre o alcance do nosso fazer, através de Seminários, Convênios”, pontuou.
A estratégia de partida da gestão, segundo a Presidente, passa, necessariamente, por atualizar modos de gestão do CAU. “Estamos propondo uma forma de gestão contemporânea, que se firme por uma ação horizontal, plural, democrática, aberta e econômica; aprimorando e ampliando os canais de comunicação entre os profissionais e o Conselho”.
Publicado em 21/01/2021
Da redação