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A cidade de Bauru foi a responsável por receber na última sexta-feira (dia 23/10) a etapa regional da 2ª Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas do CAU/SP, que tem como tema “O arquiteto, o projeto e a qualidade do ambiente construído”.

O encontro aconteceu na Câmara Municipal da cidade e contou com a presença de Paulo Canguçu Burgo, Diretor de Ensino e Formação Adjunto do CAU/SP; Edmilson Queiroz Dias, Conselheiro e Coordenador do encontro regional, e Claudete Lopes, Conselheira e membro da Comissão Organizadora da 2ª Conferência. Os arquitetos e estudantes se reuniram para debater sobre temas que estão presentes no cotidiano da profissão como Resolução Nº 51, que discorre sobre as atribuições do arquiteto, valorização do projeto executivo, reserva técnica, tabelas de honorários e ensino e formação continuada.

Edmilson Dias saudou os presentes falando sobre a importância dos profissionais de arquitetura e urbanismo se unirem para fazer valer a Resolução Nº 51. “Temos que lutar. Chegou o momento de nos impor para garantir e assegurar que somente arquitetos façam as atividades exclusivas de nossa profissão, fazendo valer a Resolução Nº 51”.

Dias também convidou o conselheiro do CAU/SP, Nilson Ghirardello, presente na atividade, para falar um pouco sobre a ética na profissão. “É super importante termos sempre conosco o Código de Ética. Muitas vezes o futuro profissional não sabe o grau de advertência a que pode se submeter por um vacilo ou por não conhecer as questões jurídicas presentes no Código”.

Paulo Canguçu Burgo discorreu sobre a ilegalidade presente no recebimento da chamada Reserva Técnica. “Reserva técnica é gorjeta. Quem precisa buscar taxas e porcentagens não está cobrando pelo seu trabalho direito. Temos que ter responsabilidade com o nosso cliente e com a sociedade. O Conselho espera que defendamos nossa condição básica de que somos profissionais sérios e de alta integridade”.

Luiz Claudio Bittencourt, professor da Uniesp (Faculdade de Bauru) e da Unip, defendeu a revisão das diretrizes curriculares. “Precisa ter uma revisão urgente desse assunto. A maneira como está estruturada não é só desatualizada, é vaga e desorganizada. Existem faculdades que não têm nem um laboratório”.

O arquiteto e urbanista Fernando Mendonça, participante do evento, acredita que tem que ter uma maior divulgação para a valorização da profissão. “A valorização do profissional tem que ser melhor divulgada. Principalmente essa questão dos honorários”.
Foram colhidas também sugestões para serem entregues pelos representantes eleitos Luiz Claudio Bittencourt, Luiz Marcelo e Wagner Domingos na 2ª Conferência Estadual do CAU/SP, que será nos dias 25 e 26 de novembro, em São Paulo.

Publicado em 29/10/2015
Da redação