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A importância da iluminação para um projeto de Arquitetura e Urbanismo foi o ponto de partida para o seminário que o GT Arquitetura de Iluminação do CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo realizou na manhã da última quinta-feira, dia 18, na capital paulista.
“Nossa profissão tem crescido num ritmo muito grande e isso tem mudado o escopo das nossas atribuições”, disse Gilberto Belleza, presidente do CAU/SP, na abertura do evento. Ele contou que, por ano, de quatro a seis mil novos profissionais chegam ao mercado de trabalho, dos mais de 130 cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo que existem só no estado de São Paulo.
“Com isso, colegas estão trabalhando nas mais diversas áreas de atuação. E esse é um campo muito importante. Como os arquitetos podem atuar de uma maneira mais eficiente e se aprimorar mais é um dos objetivos e pretensões desse seminário”, completou.
Para ilustrar o tema em questão, a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação (Asbai), Paula Carneóis, apresentou dezenas de slides com fotos de diferentes espaços por vários lugares pelo mundo. De museus a prédios comerciais, de construções históricas a galerias de arte, de hotéis a prédios públicos, e até mesmo para um posto de gasolina de beira de estrada, a palestrante destacou uma infinidade de possibilidades de aproveitamento da iluminação para cada espaço, para cada projeto.
“Tudo depende do que se quer criar. Não existe um padrão a ser seguido, existem critérios. O que se deve levar em consideração é a parte técnica e quem vai usar aquele espaço”, explicou a palestrante. “Às vezes, iluminar é não iluminar. Nem sempre um projeto de iluminação precisa ser cheio de luzes. Em muitas vezes, menos é mais”, considerou.
Iluminação não é só luz
O arquiteto e lightening designer Guinter Parschalk compartilhou da mesma opinião durante sua apresentação. “Iluminação não é só luz. Muitas vezes, é tirar”, comentou enquanto exibia imagens de alguns projetos de iluminação assinados por ele para os mais variados espaços e finalidades.
“Na Arquitetura e Urbanismo, a iluminação é a matéria que mais está em evolução, com um crescimento muito rápido. Ela está ganhando um valor cada vez mais significativo, de tamanha importância dentro dos projetos. Luz agrega valor. Portanto, sua qualidade já não pode mais ser meia boca”, disse o especialista.
Além dos projetos desenvolvidos aqui no Brasil, Parschalk já realizou trabalhos também no exterior, em países como Argentina, México, Peru, Israel, Alemanha e Estados Unidos, entre outros.
Competição de outras áreas
E a valorização do arquiteto de iluminação tem sido um trabalho diário do GT de Iluminação do CAU/SP, de acordo com Gilberto Franco, coordenador Grupo, lembrando que outros profissionais também competem com os arquitetos e urbanistas nessa área.
“Essa é uma atribuição até pouco conhecida dentro do próprio universo dos arquitetos. Precisamos também torná-la mais visível”, disse. “No entanto, não basta apenas ser arquiteto. É insuficiente. São necessários conhecimentos específicos, além daqueles que são ministrados nos cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo existentes”, completou Franco, que encerrou o evento agradecendo a presença de todos.
“Achei o seminário de extrema importância, superinteressante até pela oportunidade de poder compartilhar do conhecimento de pessoas que já têm uma grande experiência nesse nicho”, declarou a arquiteta Charlene Tófalo, uma das participantes.
Publicado em 25/05/2017
São Paulo/SP