Publicada no último dia 02/05, a norma técnica NBR 16585:2017 traz recomendações de boas práticas para a prestação de serviços na área de design, com o objetivo de reduzir erros e inconsistências no resultado final das atividades.
O público-alvo são designers, empresas de design, prestadores de serviços, clientes e organizações envolvidas com as diversas áreas deste campo de trabalho.
“São muitos os campos do design. Esta diversificação de áreas de atuação requer profissionais que detêm, por formação, um conjunto sistematizado de conhecimentos das artes e das técnicas, assim como das teorias e das práticas específicas de cada área”, comenta a arquiteta e urbanista Denise Guarezzi, coordenadora do GT Arquitetura de Interiores do CAU/SP.
Guarezzi representou o Conselho na Comissão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que discutiu os termos da nova norma entre 2016 e 2017.
“Essa comissão multidisciplinar da ABNT contemplou profissionais ligados a diversas áreas do design, com a finalidade de elaboração de duas novas Normas: a primeira delas foi para a conceituação de termos pertinentes ao design e esta última, para estabelecer diretrizes para as boas práticas na prestação dos serviços de design”.
Design, a excelência por etapas
“O principal objetivo da Norma é esclarecer aos players do mercado que design é um processo”, comenta Alexandre Guedes, coordenador da Comissão responsável pela NBR 16585.
“O projeto de design não nasce na criação”, afirma. “Um bom resultado (…) vem do cumprimento de uma série de etapas”.
A nova norma técnica descreve as etapas da Demanda, com a definição do briefing e contratação do serviço; da Exploração e Identificação do problema, seguida pelas fases de Criação e Desenvolvimento, encerrada com as etapas de Implementação e Encerramento.
Nesta fase final, a norma sugere a entrega de uma documentação ao cliente com prestação de serviço de pós-venda.
Ele salienta que, sem um processo padrão, havia uma tendência de os prestadores de serviço entregarem resultados muito diversos, “onde muitas vezes o cliente nem conseguia utilizar o projeto desenvolvido”.
“A Norma não pretende resolver tudo, mas informar quais as diretrizes para uma boa prestação de serviços de design, servindo como uma base de consulta a todos os envolvidos”, acrescenta Guedes.
Publicada em 19/05/2017; Atualizada em 24/05/2017
da Redação