O viaduto da Marginal Pinheiros, que cedeu recentemente, representa a tragédia anunciada que vem sendo protagonizada de forma histórica pelas instâncias públicas, sejam entes da Federação, autarquias e empresas públicas.
A ausência de uma cultura que privilegie a manutenção continuada do patrimônio público resulta em posturas emergenciais que se fazem, muitas vezes, a posteriori, no desdobramento de verdadeiras tragédias ocorridas.
A fundamental valorização dos profissionais técnicos vinculados à construção civil, dentre eles arquitetos e urbanistas, engenheiros das mais diversas especialidades, faz-se mandatório e urgente!
A precarização histórica e longeva dos serviços públicos e da percepção de valor no que se refere a atitudes preventivas e de manutenção resultam em acontecimentos desastrosos e inaceitáveis como este que assistimos hoje dentre tantos outros passados e potencialmente futuros.
O CAU/SP, que há tempos vem dialogando, fiscalizando e oficiando essas esferas administrativas, atuará na forma legal para que venham a ser investigadas e autuadas as verdadeiras responsabilidades de gestores e profissionais, indicando os caminhos para recuperar o tempo perdido que permitiu as patologias de desgastes naturais da falta de manutenção das construções públicas, que deveriam ser garantias para a segurança da sociedade e valorização da profissão dos arquitetos e urbanistas dentre aquelas afetas à construção civil.
Publicado em 16/11/2018