Franz Heep (1902-1978), autor de projetos icônicos na capital paulista como os edifícios Itália (1953) e Lausanne (1958), é o foco do livro “Adolf Franz Heep: um arquiteto moderno”, produzido com o apoio do CAU/SP por meio do seu Edital de Parcerias de 2017.
A obra é de autoria do arquiteto e urbanista Marcelo Barbosa, professor da Universidade Mackenzie, com fotos de Ana Mello. Editado pela Monolito com o apoio da Fundação Stickel, o livro teve seu lançamento oficial no último dia 08 na sede do IAB-SP na capital paulista.
Natural de Fachbach (Alemanha), Heep emigrou para o Brasil em 1947, estabelecendo-se em São Paulo, onde trabalhou principalmente no ramo residencial, projetando desde edifícios de alto padrão, a exemplo do Lausanne e do Ouro Verde (1952), até prédios de quitinetes como os edifícios Marajó (1952), Normandie (1953) e Arlinda (1959).
Na confluência das avenidas São Luís e Ipiranga, o edifício Itália, provavelmente sua obra mais conhecida, se distingue pelo formato singular e pelos quebra-sóis de alumínio. Junto com o edifício Copan (Oscar Niemeyer,1954), é um dos principais marcos arquitetônicos localizados no centro de São Paulo.
Formado em Arquitetura pela Escola de Artes e Ofícios de Frankfurt (1926), Heep foi influenciado tanto pela formação racionalista da “Bauhaus” (escola de design e arquitetura de vanguarda alemã) quanto pelo modernismo de Le Corbusier (1887-1965), com quem colaborou durante uma temporada de trabalho em Paris.
No Brasil, trabalhou com Jacques Pilon (1905-1962) e Henrique Midlin (1911-1971). Também foi professor da Universidade Mackenzie entre 1958 e 1965.
Fontes: Enciclopédia Itaú Cultural e IAB-SP.
Publicado em 16/02/2018