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O modelo de energia solar fotovoltaica, as políticas habitacionais de São Paulo e o fornecimento de infraestrutura para os bairros distantes das áreas centrais foram os principais temas abordados no Seminário organizado pelo GT Habitação do CAU/SP no último dia 27/07.
Realizado na capital paulista, o Seminário “Habitação de Interesse Social e os Agentes Públicos” reuniu representantes do setor público e da iniciativa privada.
Abrindo o evento, o Diretor de Energia do Departamento de Infraestrutura da FIESP, Ronaldo Koloszuk, discorreu sobre o modelo de energia solar fotovoltaica, apresentando os diagnósticos e o cenário dela no Brasil.
“Quando a energia vem de usinas hidrelétricas, 15% dela se perde no caminho por meio das linhas de transmissão”, afirmou.
“A vantagem de gerar energia solar fotovoltaica, próxima dos lugares de consumo, é que isso [a perda] não acontece”, observou, lembrando que o Brasil é um dos países que tem a maior taxa de irradiação solar do mundo.
Políticas habitacionais
A Diretora de Planejamento e Fomento do CDHU, Elisabete França, explicou as políticas habitacionais do Governo do Estado de São Paulo, que tem o CDHU e Morar Bem Viver Melhor como seus principais programas.
“Todo o trabalho das duas entidades é baseado no que é definido no Plano Estadual de Habitação, criado em 2011, que dá todas as diretrizes para a política habitacional do Estado”, afirmou Elisabete.
Segundo ela, a regularização fundiária, política de sustentabilidade ambiental e questão energética dos empreendimentos são sempre levados em consideração no momento das construções das moradias.
Habitação para o desenvolvimento social
O atendimento habitacional na implantação de infraestrutura urbana para casas construídas longe de áreas centrais da capital, fora do conceito urbanístico, foi o tema abordado pelo Secretário de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura da Cidade de São Paulo, Marcos Penido.
“Temos que integrar todas as ações de infraestrutura e desenvolvimento com a habitação. Integrando a drenagem de córregos, a implantação de corredores de ônibus e atendendo as famílias através do trabalho social”, considerou.
Para ele, é necessário usar a habitação para o desenvolvimento social.
O Secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo, Fernando Chucri, mostrou algumas opções de programas destinados à habitação existentes no Estado, tais como: Operação Urbana, Locação Social, PPP (Parcerias Público Privadas), entre outros.
“O grande esforço do poder público, hoje, é buscar alternativas de financiamento para produção das unidades habitacionais”, disse ele.
Chucri também afirmou que o programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, não consegue atender São Paulo por completo devido às peculiaridades da cidade e a quantidade populacional.
GT
Na abertura do Seminário, o coordenador do GT Habitação, Soriedem Rodrigues falou sobre os objetivos do grupo de trabalho.
“A nossa atuação está bastante focada na habitação social, razão pela qual o convite aos nossos palestrantes”.
O presidente do CAU/SP, Gilberto Belleza, por sua vez, ressaltou a importância do evento para a ampliar o debate sobre os temas.
“O evento conta com a participação de colegas que possam abordar o tema dos mais diversos pontos de vista”, concluiu.
Publicado em 03/08/2017
Da Redação