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Realizado na capital no último dia 25, o V Seminário de Integração do CAU/SP – Ensino Presencial e à Distância: Futuro da Formação do Arquiteto e Urbanista foi o espaço para o debate de temas como o cenário dos cursos de graduação no país, as experiências práticas em ambiente profissional e a acreditação de cursos de Arquitetura e Urbanismo.
A Mesa de abertura do evento, organizado pela Diretoria de Ensino e Formação do Conselho, contou com a participação da diretora de Ensino e Formação do CAU/SP, Débora Pinheiro Frazatto; do diretor adjunto de Ensino e Formação, Paulo Burgo; da coordenadora-adjunta da Comissão de Ensino e Formação (CEF) do CAU/SP, Vera Santana Luz; do coordenador do GT Formação Continuada, Fabio Mariz, e do coordenador-adjunto do CEF do CAU/BR, Fernando Medeiros Costa.
“Hoje estamos aqui para discutir problemas e demandas do nosso cotidiano profissional. Por isso, é importante falar sobre o ensino”, explicou a diretora Débora Frazatto.
Em seguida, Fabio Mariz, o consultor do CEF do CAU/BR, Wilson dos Santos Junior, e Débora Frazatto realizaram um painel com resultados e avaliações do I Seminário GT Formação Continuada – ocorrido no dia anterior (veja aqui).
Mariz falou sobre a atuação dos GTs. “Temos que organizar fóruns de discussão com coerência e fundamento. A Formação Continuada é um campo vasto e nenhuma solução tem que andar sozinha. Temos que nos unir para colocar o CAU como protagonista dessa discussão”.
Na apresentação sobre os cenários dos cursos de graduação do Estado, a analista técnica Karina Almeida forneceu um panorama sobre a situação. Segundo Karina, no Brasil existem 555 cursos autorizados pelo MEC, com concentração maior na região de São Paulo, que responde por 137 cursos. “Temos que ter a preocupação se esses arquitetos estão sendo bem formados e também zelar pela qualidade de ensino. Fica também a pergunta: como atender ao forte crescimento de demanda por estágio?”.
Na terceira apresentação do dia, mediada pela conselheira Dilene Zaparoli, a coordenadora do Grupo de Especialistas do Convênio CAU/ABEA, Tércia Almeida de Oliveira, contou sobre as manifestações técnicas realizadas pelo CAU/BR em convênio com a Associação Brasileira de Arquitetura e Urbanismo (ABEA). Também detalhou avaliação dos cursos com o auxílio dos bancos de dados do sistema EMEC, do MEC, e SICCAU (Sistema de Informação e Comunicação do CAU) com o suporte gráfico do Igeo – Sistema de Inteligência Geográfica.
Experiência no ambiente profissional
No período da tarde, o presidente do CAU/SP, Gilberto Belleza, falou sobre a quantidade de denúncias recebidas por diplomas falsos e as medidas adotadas pelo Conselho. “Recebemos inúmeras denúncias contra diplomas falsos. Essas denúncias são apuradas e, caso sejam verdadeiras, ocorre a anulação do registro e denúncia tanto na delegacia quanto no Ministério Público, para as devidas providências dentro da lei. Esses debates são importantes para direcionar questões relacionadas à profissão e como vamos ‘amarrar’ todos esses aspectos na nossa área”.
A primeira mesa da tarde tratou das experiências práticas em ambiente profissional, e contou com a presença do professor de pós-graduação da IAU de São Carlos, João Marcos Lopes; Pietro Mignozzatti, diretor adjunto de Relações Institucionais do CAU/SP, e Nelson Gonçalves Junior e João Carlos Correia, membros do CEF do CAU/SP, sendo mediada pela diretora Debora Frazatto.
João Marcos Lopes manifestou preocupação com o futuro da profissão. “Nós fizemos uma pesquisa no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e constatamos que não há um arquiteto no Programa. Onde estão nossos profissionais?”, comentou.
“Vejo que cada vez mais estamos nos tornando profissionais de gestão. É preciso colocarmos a mão na massa. Ensinar aos alunos na prática o que é areia, cimento, tijolo. Essa prática vai fazer toda a diferença na estrutura do nosso ofício”.
Avaliação dos cursos de Arquitetura e Urbanismo
A última mesa do dia, moderada pela integrante do GT Formação Continuada Paula Katakura, foi sobre a acreditação de cursos de Arquitetura e Urbanismo e os novos instrumentos do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Teve a participação de José Roberto Geraldine Junior, coordenador da CEF do CAU/BR; Débora Frazatto, diretora de Ensino e Formação do CAU/SP, e Fernando Diniz e José Antônio Lanchoti, membros da CEF do CAU/BR e CEF do CAU/SP, respectivamente.
Os debatedores informaram que a acreditação é um processo de avaliação externa para verificar se faculdades, universidades e programas educacionais atendem a padrões de qualidade e se estão comprometidos com a oferta de educação adequada e com melhorias constantes da qualidade do ensino.
A última mesa foi mediada pela coordenadora-adjunta Vera Santana Luz, com participação do conselheiro federal Fernando Costa (RN), coordenador-adjunto da CEF do CAU/BR. Costa comentou as variáveis do Ensino Presencial e a legislação federal para os cursos de Ensino à Distância.
Publicado em 01/12/2016
Da Redação