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A Resolução Nº51 do CAU/BR, as diversas áreas e possibilidades de atuação e a reserva técnica foram os principais temas abordados no 1º Seminário de Arquitetura de Interiores – Atribuição de Arquiteto, organizado pelo Grupo de Trabalho Arquitetura de Interiores do CAU/SP, realizado no dia 25 de agosto, na capital paulista.

A Coordenadora do GT, Denise Guarezzi, e o Presidente do CAU/SP, Gilberto Belleza, participaram da abertura do evento. Na ocasião, Gilberto Belleza destacou o papel dos arquitetos e urbanistas na área. “A Resolução Nº51 especifica as atribuições dos arquitetos e urbanistas. A sociedade já reconhece o campo de atuação e o trabalho dos profissionais e, com o auxílio de campanhas, conseguimos valorizar ainda mais a profissão”, afirmou. Para o Presidente do CAU/SP, “a norma de reformas veio para esclarecer completamente o papel do arquiteto na Arquitetura de Interiores. Não existe outra profissão que possa realizar reformas ou obras em apartamentos. Os arquitetos são os únicos que têm a capacidade técnica para isso”.

Após a abertura, os arquitetos e urbanistas Nancy Laranjeira, Luiz Nunes, Monica Frias e Roberto Spina, membros do GT Arquitetura de Interiores, foram apresentados aos participantes do evento. Na primeira roda de conversas, Luiz Nunes tratou com detalhes das atribuições profissionais da área. O tema da reserva técnica foi abordado pela Conselheira e Coordenadora da Comissão de Ética e Disciplina do CAU/SP, Rosana Ferrari, convidada para alertar os profissionais sobre o assunto e os problemas dessa prática para a profissão. “A sociedade está muito atenta a esse assunto, a conduta precisa ser revista e um dos motivos para não valorizarem o trabalho do arquiteto é a utilização da reserva técnica”, afirma. “Nós temos uma tabela de honorários que foi construída através de anos. Precisamos estabelecer o nosso valor perante a sociedade e usar a tabela como principal referência. A ética tem que ser vista sobre todos os aspectos da nossa vida”, finalizou. Ainda na primeira parte do Seminário, Roberto Spina tratou de diferentes escalas, usos e tipologias da Arquitetura de interiores.

A segunda mesa de conversas foi composta pela coordenadora do GT, Denise Guarezzi, que mediou o debate, e pelos arquitetos e urbanistas Jovita Torrano, Valério Pietraroia, Renata Semin, José Ricardo Basiches, Daniel Fernandes e Roberto Spina. Os profissionais falaram sobre suas respectivas áreas de atuação, contribuindo com muitas informações e mostrando a diversidade do ramo, o amplo mercado de trabalho e as diversas possibilidades de trabalho. A utilização de espaços que antes eram considerados locais intermediários apenas para a passagem, o uso da tecnologia cada vez mais aliada a arquitetura de interiores, as novas redes de empresas atraídas pela Arquitetura focada em varejos e lojas, a preservação interna do patrimônio histórico e a criação de novos espaços públicos dentro deles foram alguns dos temas discutidos.

Durante o evento, a Diretora de Ensino e Formação do CAU/SP, Debora Pinheiro Frazatto, falou sobre a importância do ensino nos cursos de graduação para que os futuros profissionais tenham a ética presente em sua conduta e valorizem a profissão. O Seminário foi encerrado após debates com os participantes, que apresentaram perguntas aos convidados.

Publicado em 26/08/2016
Bruna Ferreira, de São Paulo/SP