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É atribuição exclusiva de arquitetos e urbanistas o trabalho relacionado ao projeto e execução de intervenção no patrimônio histórico, seja ele cultural, artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos ou edificações, conjuntos e cidades.
Nesse sentido, desde 1994, adotou-se obrigatoriedade da disciplina de Técnicas Retrospectivas nas faculdades de Arquitetura e Urbanismo brasileiras.
Foi para discutir essa prática que o Grupo de Trabalho do CAU/SP dedicado à discussão do Patrimônio Histórico organizou o “Encontro de Professores de Técnicas Retrospectivas e Restauro do Patrimônio Arquitetônico e Urbanístico”. A atividade aconteceu no último dia 2 de abril, nas dependências do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, e reuniu professores de universidades do Estado de São Paulo.
O Presidente do CAU/SP, Gilberto Belleza, prestigiou a atividade e compôs a mesa de abertura, juntamente com José Hermes Martins Pereira, Diretor do Arquivo Histórico Municipal, e os arquitetos e urbanistas Cassia Magaldi e Walter Pires, coordenadora e membro titular do GT do CAU/SP, respectivamente.
Após breve saudação, José Hermes registrou que o Arquivo Histórico Municipal está à disposição e aberto a parcerias com as universidades. “São sempre muito bem-vindas”, disse, manifestando anseio por estreitar laços e estabelecer projetos conjuntos.
O Presidente do CAU/SP destacou a importância da Resolução Nº 51 do CAU/BR, que pontua como atribuição exclusiva de arquitetos e urbanistas o trato com o Patrimônio Histórico, reafirmando a missão do Conselho na fiscalização e controle da profissão. “Também quero cumprimentar o Grupo de Trabalho pelo importantíssimo papel e contribuição ao Conselho”, afirmou Gilberto Belleza.
Para Walter Pires, a criação da obrigatoriedade da disciplina de Técnicas Retrospectivas aponta uma importante demanda, anteriormente restrita à especialização ou pós-graduação, formando profissionais mais qualificados.
Cassia Magaldi ressaltou que a realização do Encontro no Arquivo Histórico Municipal é emblemática e apontou a necessidade de que os profissionais saiam aptos ao trato do patrimônio cultural. “Essa é uma preocupação que também deve ser do CAU”, refletiu.
Foram apresentados aos participantes do evento dados sobre pesquisa realizada pelo Grupo de trabalho, com apoio da Diretoria de Ensino e Formação do CAU/SP, com coordenadores de curso de Arquitetura e Urbanismo, afim de mapear os desafios e condições de ensino da disciplina em questão.
As discussões do Encontro foram intermediadas pela exposição de professores convidados, entre eles: Beatriz Mugayagar Kuhl, Leila Diêgoli e Marcos José Carrilho.
Publicado em 06/04/2016
Daniele Moraes, de São Paulo/SP