A gama de questões que envolvem a Arquitetura e Urbanismo é grande e para abranger todas elas o CAU/SP criou, em 2015, diversos Grupos de Trabalho. Instituídos em junho de 2015, os GTs se distribuem por 14 áreas de interesse: Acessibilidade, Arquitetura de Interiores, Arq. Paisagística, Arquitetos no Serviço Público, Assistência Técnica, Informática Aplicada à Arquitetura (BIM), Estatuto da Metrópole, Exercício Profissional, Formação Continuada, Habitação, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana, Patrimônio Arquitetônico e Plano Diretor.
Cada grupo mobiliza uma equipe de profissionais que auxiliam o Conselho na formatar uma estratégia de ação adequada àquela área específica.
Por exemplo, o GT Acessibilidade é a instância de discussão (no âmbito do CAU) da Lei Brasileira de Inclusão (a LBI), sob o conceito do “Desenho Universal”, em que os ambientes urbanos são projetados para atender não apenas “pessoas com deficiência”, mas também idosos, gestantes, obesos, pessoas carregando pacotes, entre outros.
O papel de arquitetos e urbanistas na definição de políticas urbanas é uma preocupação permanente do CAU/SP, como a existência desse e de vários GTs demonstram.
O GT Habitação é outra prova: o grupo de trabalho acredita que poder público aproveita muito pouco a “expertise” da Arquitetura e Urbanismo para formulação de suas políticas habitacionais, e quer mudar essa realidade estabelecendo parcerias com prefeituras para a passagem de conhecimento técnico.
Ainda nesse caso, o Conselho dispõe de 2 GTs dedicados a debater a legislação voltada para o planejamento urbano: o GT Estatuto da Metrópole e o GT Urbanismo – Plano Diretor.
O GT Estatuto da Metrópole tem por missão auxiliar o CAU/SP no debate da nova legislação, incentivando arquitetos e urbanistas a participarem na sua aplicação.
A presença dos profissionais no serviço público merece um GT específico, que quer diagnosticar a atuação destes, para permitir um relacionamento mais assertivo do Conselho.
No fundo, trata-se de valorizar o trabalho do arquiteto e urbanista, outra preocupação permanente do Conselho, e também um alvo específico de vários GTs.
O GT Assistência Técnica, por exemplo, defende a aplicação da Tabela de Honorários do CAU/BR para os profissionais que prestam esse tipo de serviço social.
Tabela essa que está no centro das diretrizes de trabalho do GT Exercício Profissional: os integrantes planejam difundir o uso da ferramenta entre os arquitetos e, principalmente, entre os contratantes, através de oficinas de apresentação de conteúdo.
Valorizando os arquitetos e urbanistas
A valorização profissional também passa pelo aprimoramento dos métodos de trabalho de arquitetos e urbanistas. Por este motivo, o GT BIM – Informática Aplicada à Arquitetura quer fazer um amplo levantamento sobre a difusão dessa ferramenta entre a categoria.
O avanço tecnológico exige dos profissionais uma atualização constante, assunto do GT Formação Continuada, que discute “políticas de regramento, aperfeiçoamento e acompanhamento que devam ser implementadas pelo CAU” nessa área.
Outra prerrogativa do CAU/SP diz respeito às especializações da Arquitetura e Urbanismo, às vezes disputadas com profissionais de outras áreas no mercado de trabalho.
A Arquitetura de Interiores e a Arquitetura Paisagística são dois casos emblemáticos.
Para orientar o Conselho, o GT Arquitetura de Interiores quer consolidar a disciplina nas grades curriculares das Instituições de Ensino Superior e prepara um levantamento da presença dessa disciplina nas grades curriculares.
Já o GT Arquitetura Paisagística estuda formas de aumentar a visibilidade desses profissionais, prevendo o estabelecimento de um banco de dados público dos especialistas nesta área.
Arquitetos e urbanistas também têm uma contribuição importante a fazer nas áreas do Patrimônio Histórico e do Meio Ambiente.
O GT Patrimônio Histórico deseja auxiliar o CAU/SP a organizar e construir uma cultura de produção técnica, com a função de valorizar a especificidade do trabalho do arquiteto e urbanista no mercado de conservação e restauração.
Já o GT Meio Ambiente quer compilar um acervo de ações e projetos bem-sucedidos nas atribuições dos profissionais ligados à questão ambiental. A ideia é reunir iniciativas de melhoria do meio ambiente que possam ser reproduzidas globalmente.
Publicado em 23/12/2015
Da Redação