
O Comitê da Unesco reconheceu o sítio misto de Paraty, que abrange municípios de Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, como Patrimônio Mundial da Humanidade.
O sítio misto de Paraty engloba o Parque Nacional da Serra da Bocaina, na região serrana paulista, com sede principal em São José do Barreiro; o Parque Estadual da Ilha Grande, em Angra dos Reis/RJ; a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, também em Angra dos Reis; a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, em Paraty/RJ; o Centro Histórico de Paraty e Morro da Vila Velha, na cidade de mesmo nome no Espírito Santo.
Trata-se do 22º bem brasileiro a ser incluído na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, órgão das Nações Unidas voltada para as áreas de educação, ciências naturais, ciências humanas e sociais, cultura e comunicação e informação.
Os outros sítios brasileiros reconhecidos como “patrimônio mundial” são, entre outros, a Cidade Histórica de Ouro Preto (MG), o Centro Histórico de Olinda (PE), o Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira do Paraná com Argentina, e a Mata Atlântica (reservas nos Estados de SP e PR).
Paraty é primeiro sítio misto (Patrimônio Cultural e Natural) a ser reconhecido pela Unesco no Brasil. Além de conter “habitats naturais importantes e significativos”, o sítio misto também foi visto como “exemplo de assentamento humano tradicional” conforme os critérios da organização.
“Formada pelo intercâmbio das culturas indígena, africana e caiçara que se expressam nos bens culturais da cidade, Paraty engloba uma fusão de características próprias do patrimônio material e do imaterial”, afirma a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.
“Ao mesmo tempo, a cidade apresenta exemplos de povos tradicionais que usam a terra e o mar de forma sustentável, demonstrando a interação do homem com o meio ambiente. Ao se unir à Ilha Grande, o sítio torna-se ainda mais representativo com áreas de beleza natural excepcional”.
Publicado em 05/07/2019
Da Redação, com informações da assessoria da Unesco