O combate a contratação de serviços de Arquitetura e Engenharia em licitações públicas por modalidade de pregão eletrônico – onde o preço é a única base de concorrência – foi o tema principal abordado na quinta-feira, dia 04/04, em reunião realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Participaram do encontro o Presidente da FIESP, Paulo Skaf, o Presidente do Conselho Federal de Agricultura e Agronomia (Confea), Joel Krüger, o Presidente do CAU/SP, José Roberto Geraldine Junior, diretores do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic/Fiesp), além de representantes de entidades ligadas ao setor da construção, entre elas: ABNT, CREA/SP, Sinaenco/SP, Sindinstalação, Sindratar/SP, Sinduscon/SP e Sinicesp.

Segundo Carlos Trombini, diretor do Deconcic, hoje os serviços de engenharia e arquitetura são considerados serviços comuns pelo Governo Federal. Contratados, desta maneira, pelo menor preço, sem levar em consideração a capacidade técnica das empresas. “Nós estamos incentivando o governo a mudar essa ideia. Queremos que os serviços passem de comuns para especializados”, disse.

A utilização da ferramenta tecnológica BIM (Building Information Model), que com a estratégia de disseminação implementada pelo Governo Federal vem ganhando cada vez mais representatividade no país, foi outro ponto importante debatido entre os participantes da reunião. “Existem cerca de 60 mil arquitetos e urbanistas, somente no Estado de São Paulo, que devem ser capacitados para atuação nesta plataforma”, alertou o Presidente Geraldine.

De acordo com Ricardo Terra, diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-SP), o BIM precisa ser discutido com uma visão mais ampla, devendo ser considerado um modelo de negócio para as empresas. Contudo, alguns pontos precisam ser melhor equacionados, como o nivelamento do conhecimento, capacitação e conclusão da normalização e da biblioteca nacional BIM.

A disponibilização gratuita das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também foi discutida e deve ter sua viabilidade estudada pelas entidades envolvidas, a fim de garantir o maior acesso dos profissionais ao conteúdo dos regramentos.

Por fim, o presidente da Fiesp considerou importante a realização de mais encontros como esse, que viabilizam, segundo ele, o intercâmbio de informações entre as entidades.

Publicado em 11/04/2019
Da redação, com informações e imagem da Fiesp