
Com a finalidade de identificar e propor iniciativas inovadoras de valorização econômica e simbólica do patrimônio cultural, o CAU/BR promove nos dias 10 e 11 de setembro, na capital paulista, um seminário sobre Gestão Inovadora de Bairros Históricos, em parceria com o CAU/SP.
Com a participação de especialistas, durante o evento serão apresentados e debatidos os novos programas e mecanismos que estão em uso na Inglaterra e na França.
A programação abrange:
1. Identificação e mapeamento das fontes de financiamento e a forma de gestão do financiamento disponível para bens tombados;
2. Analise de estudos de caso financiados pelo Lotery Heritage Fund e Architectural Heritage Fund, da Inglaterra, de modo a analisar a aplicação do plano de negócio exigido, bem como sustentabilidade e o impacto social do mesmo;
3. Identificação e mapeamento das interfaces entre a gestão do Patrimônio Cultural e as esferas do Planejamento Urbano;
As diretrizes foram formuladas a partir de trabalho de pesquisa realizado entre setembro e novembro de 2017 na Inglaterra por Nadia Somekh, conselheira federal do CAU/BR por São Paulo e coordenadora adjunta da Comissão de Relações Internacionais.
O seminário faz parte do plano de trabalho incluído no convênio entre CAU/BR e CAU/SP para promoção da Arquitetura e Urbanismo brasileiros no exterior, formalizado na semana passada pelo Plenário do Conselho paulista.
Trata-se também de mais uma iniciativa da autarquia no sentido de promover a geração de emprego e renda para os profissionais do Estado.
Novo modelo de financiamento e sustentabilidade
De acordo com a conselheira, a ideia é propor um novo modelo de financiamento e sustentabilidade aos bens culturais para proteger edificações privadas, de valor histórico, afetivo ou artístico, que estão em risco.
“Criar algo do gênero em uma cidade como São Paulo, por exemplo, que tem cerca de 3.600 prédios particulares tombados pelo Compresp [Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade] traria um benefício para humanização da cidade, um alívio financeiro para os proprietários e uma oportunidade de trabalho para mais de nove mil arquitetos”, diz Nadia Somekh.
Publicado em 29/03/2018
Com informações do CAU/BR