CAU/SP

 

LINHAS

A linha do metrô segue a linha do corpo do homem
dito como estorvo na linha da guia veloz de uma avenida
que traz a linha do vão da arquitetura de uma mulher,
cujo desenho faz a linha de um cartão postal.
Linhas cruzadas que nunca se cruzam.
O contraste faz você ver o que você quer ver,
é uma doença que cega,
que produz a morte do outro -na invisibilidade-.
Na dobra dessa linha,
sempre vai existir alguém.

Fotografia de autoria própria, São Paulo (2018), intervenções gráficas/edição (2022).

 

Autora: Isabella Valino Teixeira de Bessa

Doutoranda no programa de Pós-Graduação em Educação pela UNESP/Prudente. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela UNESP/Marília. Tem um livro publicado pela Editora Dialética em 2022 fruto de seu trabalho de dissertação sob o título: As aventuras da velhice na invenção de si e do espaço: a memória como subjetividade no mundo. Possui Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UNIFEV (2016), onde defendeu o trabalho de conclusão sob o título: Geografia dos afetos. Tem experiência na área de Arquitetura/Urbanismo e Interiores, atuando como arquiteta desde 2016 e atualmente desenvolve pesquisas nas linhas de “História e Filosofia da Educação” e “Desenvolvimento Humano, Diferença e Valores”, com foco em questões voltadas ao universo da velhice, centrada no olhar sensível entre as memórias, o espaço e a poética que transita entre o esquecimento e a vida.

 

 

Revista Móbile – edição nº 25 – Abril de 2023 – Conteúdo Digital