Com a presença do vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, foi inaugurado na última sexta-feira (1º de outubro) o pavilhão brasileiro na Expo Dubai 2020, nos Emirados Árabes Unidos. Trata-se do maior evento mundial realizado de forma presencial desde o início da pandemia de Covid-19, que provocou o adiamento da feira em um ano.

Os organizadores esperam a visita de nada menos que 25 milhões de pessoas durante a Expo quinquenal, que acontecerá até o mês de março de 2022, desta vez com o tema Connecting Minds, Creating the Future, organizada em três eixos temáticos: Oportunidade, Mobilidade e Sustentabilidade. Mais de 190 países, além de organizações e empresas internacionais, estarão representados nos pavilhões do evento, espalhados numa área de 4 quilômetros quadrados.
Para os participantes, é uma oportunidade de expor inovações tecnológicas, debater alternativas de sustentabilidade, realizar negócios e de propor novos modelos de desenvolvimento levando em consideração os desafios ambientais que tanto preocupam o planeta.

Pavilhão brasileiro
Tendo em conta estas demandas e procurando mudar a imagem do País, o pavilhão brasileiro, inserido no eixo de sustentabilidade, recebeu investimentos da ordem de 25 milhões de dólares para ocupar uma área de 4 mil metros quadrados, segundo a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), responsável pela construção do pavilhão e pela organização da representação nacional em Dubai.
Dada a importância do evento, a participação brasileira começou a ser preparada ainda em 2018, por meio de concurso organizado pelo IAB – DF
(Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Distrito Federal) para escolher o projeto do pavilhão a ser construído na Expo.
Dos 42 projetos inscritos, a comissão julgadora, composta pelos arquitetos Fernando Viegas (SP), Thiago Andrade (DF), Inês Lobo (Portugal), Fernando Diez (Argentina) e pela artista plástica Maria Luiza Fragoso (RJ), selecionou a proposta do arquiteto José Paulo Gouvêa, representando os escritórios JPG.ARQ, MMBB e Ben Avid. Trata-se de um espaço expositivo inspirado nas águas do Rio Negro, do Amazonas, composto por um enorme espelho d’água e por projeções, sons e aromas que remetem à região Norte do Brasil.
Além do pavilhão, que também funcionará como vitrine para as mais de 200 empresas cadastradas a participar da representação brasileira, a ApexBrasil promoverá debates, degustações e atividades culturais, buscando chamar a atenção dos visitantes para a diversidade cultural e natural do País.

Projetos arquitetônicos são atração da Expo
No caso da área da Sustentabilidade, o pavilhão é o Terra, projetado pelo escritório Grimshaw, no formato de uma imensa árvore com uma copa de 130 metros de diâmetro, coberta por 4912 placas de geração de energia solar.
Outro pavilhão que chama atenção é o prédio do distrito de Mobilidade, chamado de Alif. No formato de um imenso spinner , a edificação, projetada pelo escritório Foster + Partners, leva o visitante a refletir sobre conexões e horizontes.
O último dos três pavilhões é o Mission Possible (em português, Missão Possível), da AGi Architects, que busca mostrar algumas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.