Profissionais das instituições de ensino superior apontaram a baixa adesão dos alunos nas atividades remotas, e manifestaram preocupação com saúde mental dos corpos discente e docente após um ano e meio de crise sanitária.
Estas foram algumas conclusões dos coordenadores de cursos de Arquitetura e Urbanismo de diversas instituições paulistas reunidos no dia 20/05, por meio de teleconferência, em uma iniciativa do CAU/SP.
O 1° Encontro do III Fórum de Coordenadores é parte de uma série de rodadas de discussão de políticas educacionais, que vai culminar em um grande encontro nacional no segundo semestre.
A quase centena de profissionais de ensino, após se reunirem virtualmente em grupos, levantaram os principais desafios e oportunidades do meio acadêmico em meio à pandemia da Covid-19, que paralisou as atividades presenciais das IES.
Neste período de predominância das aulas virtuais, alguns coordenadores observaram uma fadiga entre alunos e professores, e uma “perda da sociabilidade”.
Mas nem tudo foram más notícias: uma parte dos coordenadores relatou que, apesar das dificuldades, ainda foi possível manter o funcionamento dos escritórios modelo de Arquitetura e Urbanismo.
A contribuição do CAU Brasil
O evento de maio contou com a participação do representante das Instituições de Ensino Superior (IES) e Coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU Brasil, Valter Luís Caldana Junior.

Em sua intervenção, Caldana abordou vários desafios da área de ensino e formação, e o papel do CAU.
“A questão do ensino é obviamente a base de tudo, o ensino de graduação, mas este não é o único ensino que nós temos de cuidar. (…) nós temos, por exemplo, questões importantes que o CAU pode cuidar, de relacionamento com as políticas de ensino, do tema Urbanismo (…) e da própria Arquitetura no Ensino Médio”, ponderou.
Caldana também reforçou a importância do debate em torno da formação continuada como forma de contribuição do CAU para o aperfeiçoamento da Arquitetura e Urbanismo no país. E que o Conselho precisa enfrentar as discussões sobre as modalidades de estágios, residência, a formação plena como arquiteto e urbanista e a emissão automática do registro profissional.
As ações do CAU/SP
Na abertura do Encontro, a presidente do CAU/SP, Catherine Otondo, informou que tramita no Conselho a criação de uma comissão temporária para realização de campanha para valorização do ensino e formação; também lembrou dos editais de “Boas Práticas” –que destacam os trabalhos de graduação nas instituições paulistas — e que devem ser lançados no segundo semestre.
A coordenadora da Comissão de Ensino e Formação do CAU/SP (CEF – CAU/SP), Ana Lúcia Cerávolo, apresentou os programas e principais ações planejadas para 2021, entre elas, a criação de uma agenda online de atividades compartilhadas entre CAU/SP e IES; a realização do Fórum de Coordenadores e o Seminário Estadual de Ensino e Formação; a realização de um censo das instituições de ensino superior; o fomento de publicações de pesquisas, e a promoção de debates sobre temas atuais, a exemplo dos efeitos do ensino remoto durante a pandemia e o retorno das atividades presenciais.
Publicado em 01/06/2021
Da Redação